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Filhos numa bolha, esse é o caminho?

Muito se tem falado do contexto que a sociedade tem vivido, para uns uma sociedade dita livre, para outras reprimida em não poder ser livre.

Quando falamos sobre a liberdade ou falta dela em falar e ser, muitos pais se preocupam com o futuro de seus filhos.

Será que somos livres para sermos quem queremos ser ou somos reprimidos em ser por não podermos falar o que realmente queremos?


Até onde vai a real aceitação, liberdade, não descriminação de qualquer fator, seja pele, gênero, religião, classe social, nacionalidade, família e economia.

Com essa dita liberdade de se expressar e aceitar a pessoa como deve ser, que na verdade não existe, porque todos querem que os outros sejam como ela pensa que deve ser, na realidade liberdade não é real para ninguém.

Dessa forma, surgem diversos "sistemas" impondo como o certo deve ser, e como eu devo ser para estar "certo no sistema".


Nesse contexto muitos pais tem se sentido ameaçados, e a tal bolha envolta dos filhos tem sido colocada. Nas melhores das intenções e por amar, os pais imaginam que estão fazendo o melhore para seus amados filhos.

Quero trazer os males que a bolha faz para qualquer indivíduo, e como mãe, pedagoga e orientadora parental, trago esses pontos.


Pergunta, já viu a água protegida na sua bolha?

Vou deixar mais claro, pegue um saco plástico ou mesmo uma bexiga, e encha de água, você balança, aperta, e água fica protegidinha ali dentro. Por quanto tempo? A sacola plástica é fina, a bexiga delicada, num determinado tempo esse balão vai explodir ou murchar e a água ira se separar, espirrar para todo lado, não estará concentrada num mesmo lugar.

Quando colocamos uma bolha em algo, ela parece protegida, se essa bolha rompe logo será um molhar descontrolado.


Da mesma forma ocorre com o ser humano, vamos ter um foco na criança, os males dessa "bolha".

A criança superprotegida pelos pais, tem sua vida por inteira afetada, sua saúde se torna frágil desenvolve alergias e doenças emocionais.

No aspecto sociemocional, a criança tem um atraso em seu desenvolvimento, interação, fala, empatia, resiliência e dificuldades de socialização geral.

Uma criança que vive somente em seu mundinho, a bolha de proteção, não criam capacidade de fazer, é imaturo e/ou dependente do ser que a inseriu nessa bolha.

Tanto crianças quanto adultos que se fecham numa bolha, não permiti aprender com seus erros, não saberão enfrentar os desafios que virão; Afinal em qual mundo de bolha há desafios, confrontos a serem observados e enfrentados?

A bolha leva o ser a gerar uma dependência emocional, acarretando baixa autoestima, baixa confiança em si, gera insegurança, crescem dependendo de outros, não tem sua própria opinião.

Por ter um convívio limitado o fator de desrespeito social é maior, justamente pela plena falta de interação e comunicação.

Uma criança criada numa bolha tem dificuldade em lidar com frustrações, acha que a função das pessoas ao redor é a de fazerem suas vontades, acabam culpando os outros pelos próprios problemas.


Entendo que muitos pais e cuidadores criam bolhas ou mini bolhas com o intuito de proteger seus filhos amados do que pensar ser prejudicial para o desenvolvimento pessoal da criança.

No entanto, as crianças que mais acabam saindo do caminho que seus pais projetaram são aquelas criadas na bolha, e quando vivem a realidade não sabem lidar com suas emoções, sentimentos, frustrações, adversidades, males, opiniões diferentes a suas, pensamentos diferentes e não sabem criar argumentos.


A melhor forma de preparar os nossos queridos filhos para esse mundo tão diversificado é através dos nossos ensinamentos, sendo exemplo, conversando, estar aberto e receptivo a diálogos, que ao longo dos anos são cada vez mais complexo por parte dos nossos filhos.

Deixar de falar, não expor de maneira saudável, determinado assunto, não traz garantia de que ele ficará longe de algo ou deixará de ter determinada atitude.


Melhor do que uma bolha que pode explodir e perder o controle total, é o exemplo, o diálogo e a instrução são chaves para que a criança de hoje chegue no amanhã completa, sabendo lidar com sua emoções, frustrações, respeitando opiniões, sabendo argumentar, lidar e agir diante do desadequado.

Como cristã, os seguintes versículos trazem isso como real diante de pais e a criação de seus filhos:

“Instrua a criança segundo os objetivos que você tem para ela, e mesmo com o passar dos anos não se desviará deles” (Provérbios 22.6 – NVI).


Eu lhes dei o exemplo, para que vocês façam como lhes fiz” (João 13.15, NVI).


Em vez de criar seus filhos em uma bolha, crie filhos que sejam geradores de vida, de alegria, de respeito.

Maduros para respeitar a si mesmos e aos demais que terão opiniões diferentes e divergentes.

Maduros para lidar com suas frustrações e emoções.

Maduros para passar por situações e não se desviarem do caminho que foi ensinado, permanecerem firmes e não abalados por qualquer brisa que venham a enfrentar.


Lembre-se: Melhor do que colocar seu filho em uma bolha, é a instrução, o dialogar e ser exemplo para ele.


“Dar o exemplo não é a melhor maneira de influenciar os outros. É a única”. ( Albert Schweitzer)


Deus abençoe!


Até a próxima!


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